sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Delenda, de Amanda Reznor


Sinopse
Vale dos Segredos é um lugar. Tão real quanto eu ou você e o que habita o nosso imaginário. E, como todo lugar, preserva as digitais dos séculos que o tempo em vão tenta apagar. Mas elas, como impressões virtuais refletidas num ponto qualquer do universo, perseveram. Delenda é uma dessas estórias que rega o Vale. Mas não é única, nem isolada, podendo ser cruzada com volumes futuros, tantos quanto a mente e as mãos ágeis desta autora puderem suportar. Viaje em um mundo no qual superstição e ceticismo se encontram, morte e vida dão as mãos, espelho e reflexo dançam. O Vale esconde muitos segredos e você está prestes a desvendar alguns deles, junto à jovem protagonista Cláudia, que estará tão perdida quanto o leitor, num ambiente hostil e entre pessoas estranhas. Suspire, reflita, sofra – ao final de tudo, você verá, a profecia pode se mostrar mais real do que a ficção... Cláudia Blaise é uma garota quase comum: vive com sua avó em um bairro nobre, sustentada por uma generosa pensão deixada por seu avô. A única coisa que a difere de seus colegas da faculdade é que ela não conhece a mãe, que sumiu após o parto, e o pai, que foi assassinado no mesmo dia em que ela nasceu. No seu décimo oitavo aniversário, porém, uma surpresa está para alterar todo o rumo de sua vida. Mas o que vem disfarçado de um presente tentador pode ser, na verdade, uma cilada de encantos, mistério e morte... Será que ela descobrirá os importantes enigmas do Vale dos Segredos e, mais importante, saberá como escapar desse terrível labirinto? 
 
Autora
Amanda Reznor registra estórias desde que aprendeu a escrever. É também apaixonada por toda forma de arte, cultivando o canto, a dança, o desenho, a pintura, o teatro, a composição musical e a fotografia. Tem muitos projetos em mente, tanto na escrita quando na área musical e multimídia, e, como a qualquer bom leitor, cada livro digerido lhe fornece um novo leque de possibilidades fantásticas. Interessada no fomento à leitura, participa de eventos e programas de incentivo, como do Projeto De Mão em Mão, parceria entre a Prefeitura de SP e a Editora UNESP, e do blog Concursos Literários, fundado por Rodrigo Domit, que visa a divulgação do maior número de editais de participação gratuita a quem estiver interessado.

Dados
Edição: 1
Editora: Literata
ISBN: 9788563586612
Ano: 2012
Páginas: 248

Minha Humilde Opinião

Preciso ser sincera, como sempre fui ao escrever minhas resenhas. Conheci a autora na Bienal de São Paulo este ano e ela é um amor de pessoa, simpática, cativante. Pois bem, trocamos livros, conversamos rapidamente. Foi muito agradável.

Deixo claro que a opinião expressada aqui é minha e pode muito bem não ir de encontro ao que muitos pensam. Assim como você que lê este texto agora pode perfeitamente amar o livro. Já deu para notar que não gostei muito, certo?

Ok, por quê?

Realmente foi por gosto pessoal mesmo, pois existem trechos que narram bruxaria e isso não me agradou em nada mesmo, chegando a causar-me embrulho no estômago pelos detalhes. Não os achava necessários, mas... Cada um é um, certo? Ainda bem!

Existem alguns erros no decorrer do texto, de escrita, repetição de palavras e digitação, calculo, além dos citados em uma nota no início do livro. Atrapalham a leitura na medida em que o leitor (eu, no caso) fica preocupado se o erro está ali ou lá, enfim, tendo de voltar para reler a nota.

Quanto a diagramação, no todo, é linda, mas ao ler, percebe-se erros, como diferença na tipologia, sem explicação (às vezes há explicação, devido a mudança de personagem, narração, entre outras, neste caso, não), sem contar que o texto em si ficou bem próximo às bordas/margens, estranhei isso durante a leitura.

Ponto muito positivo para a autora foram as passagens de capítulos, como se surgisse um narrador onisciente, que poderia ser a lua, por exemplo, contando a história de um outro ponto de vista. Excelente! Essas partes ficaram separadas e em páginas negras. Lindo! (parabéns a Amanda ou ao diagramador, quem quer que tenha tido a ideia).

Elogios à parte, diante de alguns comentários na internet e da sinopse, realmente esperava por outra história, talvez por isso tenha me decepcionado/impressionado um pouco com o teor criativo da autora e o enredo.

O começo é bem lento e as coisas começam a acontecer mesmo lá pelo último terço do livro e fiquei confusa quanto a real história, o que realmente aconteceu. O que era realidade e o que era imaginação, analogias da personagem. Depois soube que terá a continuação, deve ser uma série, pois muitas questões ficaram sem respostas, devem vir no segundo volume.

Gostaria muito de ler outra obra da autora, mas sem bruxaria detalhada (risos). Fiquei muito curiosa quanto a linha de raciocínio de Reznor. A linha de narrativa ficou claríssima e gostei demais de alguns trechos, como por exemplo:

“(...) um sono rápido e profundo que a levou às camadas mais internas do submundo, onde o sol teima, mas não reina, e a lua estribilha, faceira, suas áreas sombrias.”

Desejo felicidade e sucesso a autora e suas futuras obras, pelo que sei essa foi a primeira.

Apoie a nova literatura brasileira!!!!




-----;)----------- Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.

 

4 comentários:

Josy Stoque disse...

Adorei a resenha, super sincera e acho que eu ia gostar do livro rsrsrsrssrs Gosto de coisas novas e inusitadas. Beijos e sucesso a Amanda!

Gisele Galindo ou simplesmente Gi. disse...

Oi, Josy!

Também gosto de coisas novas e inusitadas, enfim, acredito que vc gostaria mesmo desse livro, lembro-me que leu um de bruxaria e tal, rs. Só acho que... ã... nada de spoiler, hehe.

Apesar de não ter gostado muito, adquiri um carinho todo especial por Delenda ;)

bjs***

Muito sucesso a Amanda!!!! \o/

Amanda Reznor disse...

Olha, que legal, ainda não havia visto sua resenha aqui, Gi!

Poxa, primeiramente, muito obrigada mesmo pela sinceridade, é ótimo ter o retorno dos leitores - ainda mais escritores - sobre a nossa produção!

Realmente o Delenda é um filhotinho defeituoso de primeira leva, ainda mais que precisei correr bastante com o final da estória pra poder entregá-lo em tempo de ser publicado na Bienal. Com isso, porém, aprendi que é melhor postergar a publicação do que deixar certas falhas no enredo.

Assim espero que próximas estórias possam vir a agradá-la - embora eu deva ser sincera, bruxélicos ou não, os elementos de terror costumam estar quase sempre presentes nos meus escritos! =S rsrs

Agora falta eu ler o seu, certo? =D

Obrigada mesmo por compartilhas suas impressões sobre o Delenda! ^^

bjs,
Mandinha

Gisele Galindo ou simplesmente Gi. disse...

Oi, Amanda!

Compreendo perfeitamente, primeira edição é mesmo complicado.

Olha, mas quero muito ler algo novo seu, amei sua forma de escrita, como mencionei e até copiei um trecho ;)

bjs***