terça-feira, 30 de março de 2010

Copo de Leite (parte 1)

Vertigem estranha incomodada
Ansia de correr em disparada
Não ser mais eu
Ser outro eu

Me perder na história desconhecida amiga incógnita
Mergulahr no vinho tinto
Banhar a lua de mel
Apagar o incêndio no sol púrpura

Ganhar o amor e admiração de todos
Sem precisar dar nada em troca
Acreditar no impossível
Ver o irreal se tornar real nos olhos incrédulos de vocês

Sentir o toque da brisa noa r na pele arrepiar
Ouvir o vento sussurrar seus segredos ao tempo
Falar sem esperar acontecer
Saborear o perfume do copo-de-leite nos seus cabelos

Esquecer o mal terrestre inacabado de ócio humano covarde
Desgraça corrompida pela mesquinhez inabalada
Abalada pelo consumo querer mais
Passar por cima para ver sem ter o que não tem para dar sem poder dar roubar

Lábios momentâneos parados
Azuis frios da morte
Engatilhada seca cedo
Que te levam antes de mim

Olhos de criança ingênua ensinada errada sem opinar a aprender
Mãozinhas no calibre 49 metal pirataria uruguaia paraguaia
Pezinhos ligeiros inocentes crime estrutural social
BANAL

Família classe média clase C suburbana emergentes emergem
Na loucura armada desarrumada cretinice comunal
Batida seca vidro estourado sinal vermelho cruzamento rotatória sem volta
Os olhos a olharem lê-se a curiosidade mórbida do desconhecido negativo chegar

Digitais incriminam
Modificam criando ilusões paradisíacas do inferno imaginado real
Sem entender o caos
Formulam leis desajustadas para ajustarem sem ajustar coisa alguma

Pioram tnetando enganando-se no mar de lágrimas ignoradas
No desgosto de viver atiram-se prédios arranha céus
Para o céu viver esperança do lado de lá
Gosto do banho de sangue empodrecido pelo tempo decepção

Na ligação interminavel se conectam sem saber com quem

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ontem Hoje e Sempre

Hoje quero quebrar tudo
Fazer o que tenho direito
E o que não tenho direito de fazer

Quero correr
Pular
Rolar
Dar cambalhotas
Piruetas no ar
Quero gritar
Quero saltar de um despenhadeiro

Quero te amar
Quero te odiar
Te ferir e machucar
Te beijar e acariciar

Quero acordar
Quero dormir
Passar fome
E comer até explodir

Quero rir muito
E chorar até inchar os olhos
Quero sentir o gosto do sangue nas veias
E o sabor do algodão doce nas nuvens

Quero viver o máximo do mínimo
E o mínimo do máximo
Se depois disso tudo eu morrer
Tudo bem
Quero aproveitar a morte também.