Rolou no Twitter da Sá Editora e com certeza não poderia deixar de divulgar para vocês, leitores do blog.
Leia, Opinie e Divulgue
"Tarifas mais baixas para livros no Brasil: a carta que recebemos de um leitor"
E-MAIL QUE MANDEI PARA UM EXECUTIVO DOS CORREIOS
Quero aproveitar a oportunidade de nosso recente encontro numa ótima palestra para lhe falar do que considero uma oportunidade de negócios para os Correios (que é parte de um Governo Federal que tem a obrigação constitucional de investir em cultura) e que seria uma bênção para o mercado editorial.
Falo especificamente dos enormes problemas do mercado editorial, alguns deles devido à logística, cujo resumo poderia ser colocado assim:
a) os custos de distribuição giram em torno de 60% sobre o preço de capa dos livros, sendo 40/50% para as livrarias e o que sobrar para as distribuidoras
b) distribuir livros pelo Brasil significa usar empresas transportadoras e caminhões em estradas em péssimas condições, porque não temos ferrovias e o frete aéreo tem um custo proibitivo para uma margem de lucro tão pequena. Já deixei de fazer o lançamento de um livro em Belém do Pará, onde reside grande parte da família do biografado, porque eu tinha condições financeiras de mandar para lá, de avião, o autor do livro, dois ou três dias em hotel, traslados e alimentação, mas mandar duas caixas de livros ficaria proibitivo, porque teria que ir de avião.
c) o tamanho continental do País, as enormes distâncias e as dificuldades de transporte complicam e encarecem uma distribuição competente. Em alguns casos, inviabilizam, como demonstrarei abaixo
Creio que existe um espaço enorme para que os Correios analisem isso, de maneira rápida, simples e direta, ouvindo as empresas e entidades do mercado editorial. O atual presidente da Biblioteca Nacional – Galeno Amorim, por exemplo, é um ex-crítico das ações governamentais, e poderia ser ouvido.
Fundamental ouvir as pequenas editoras, através da Liga Brasileira de Editoras (LIBRE), associação de interesse público, sem fins lucrativos, filiação político-partidária, livre e independente de órgãos públicos e governamentais, constituída em 2002, representante das editoras independentes de todo o Brasil, que trabalham cooperativamente, pelo fortalecimento de seus negócios, do mercado editorial e da bibliodiversidade. Da mesma forma, ouvir a Câmara Brasileira do Livro.
Como profissional do mercado do livro desde 1980 (quando comecei na Editora da FGV como gerente de propaganda, egresso que era do mercado publicitário e então cursando a pós-graduação em Marketing da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro), gostaria de apontar a você algumas sugestões que imagino possam ser implantadas, claro que com custo para os Correios e o Governo, mas certamente com uma repercussão institucional e prática de proporções inimagináveis.
Seria apreciavel se os Correios conduzissem um estudo que pode ser não apenas comercialmente importante, porque certamente dezenas, talvez centenas de editoras e distribuidoras, adeririam aos Correios como a empresa de logística de suas encomendas. Está aí a Pagnoncelli & Associados que poderia ser a condutora do processo.
Creio, e acho que seria um desejo de todo o mercado editorial, que LIVRO deveria ser eleito como mercadoria de preço e tratamento de despacho prioritário dos Correios, como um importantíssimo investimento cultural para a população brasileira, essa sim uma verdadeira e autêntica política cultural de qualquer governo.
Com isso, qualquer livro, em qualquer circunstância, no atacado ou no varejo, em qualquer quantidade, como presente, doação, consignação ou venda, deveria ter um preço diferenciado e tratamento prioritário para entrega.
Da mesma forma, seria importante criar embalagens diferenciadas, identificando claramente o tipo de mercadoria – LIVROS – que estaria sendo enviado. É preciso ter embalagens simples, individuais, para pequenas e grandes quantidades. Algumas empresas de comércio eletrônico de livros e CDs têm soluções interessantes, lâminas de papelão ondulado pré-marcadas que facilitam o acondicionamento de qualquer quantidade de livros.
Mas isso tem a ver com o formato e, aqui no Brasil, fazemos livros em, pelo menos, nesses formatos principais:
a) 14×21 (13×18) cm
b) 16×23 (17×24) cm
c) 21 (23)x28 cm
Acho que vale a pena um estudo.
Abraços,
Cesar
-----;)----------- Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.
4 comentários:
Oi Gisele..não tenho twitter, mas tenho Face. Você me encontra como Marli carmen
Bjs Linda!
Oi Gisele..não tenho twitter, mas tenho Face. Você me encontra como Marli carmen
Bjs Linda!
Certo, obrigada!!!!
;)
bjs***
Que coisa...também ñ encontro teu face..seguirei buscando...
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