quinta-feira, 5 de abril de 2012

Progredir, regredir, permanecer ou acomodar? Ó dúvida cruel!


Li a notícia em um blog e decidi seguir a pista até o post original. Esta matéria foi veiculada no dia 1/04 pelo site Uol. 
Pesquisa aponta que brasileiro reconhece importância da leitura, mas prefere outras atividades
O brasileiro sabe da importância da leitura para progredir na vida, mas continua considerando a atividade desinteressante. Este é o principal diagnóstico da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada nesta semana pelo Instituto Pró-Livro. Foram entrevistadas mais de cinco mil pessoas em 315 municípios e os resultados apontam que apenas metade delas pode ser considerada leitora. O critério é ter lido pelo menos um livro nos últimos três meses.
Entre os participantes, 64% concordaram totalmente com a afirmação “ler bastante pode fazer uma pessoa vencer na vida e melhorar sua situação econômica”. Mas 30% disseram que não gostam de ler, 37% gostam um pouco e 25% gostam muito. Entre os não leitores, a principal razão para não ter lido nos últimos meses é a “falta de tempo”, apontada por 53% dos entrevistados. No topo da lista aparecem também justificativas como “não gosto de ler” (30%) ou “prefiro outras atividades” (21%).


A professora Vera Aguiar, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), explicou que a falta de hábito de leitura no país é cultural. “Nossa cultura é muito oral. Se a gente pensa na religião, nas festas como o carnaval ou nos esportes como o futebol, percebe que o brasileiro prefere atividades exteriores que envolvam muitas pessoas”, aponta a pesquisadora da Faculdade de Letras da PUC-RS.
Vera defende que mesmo sendo uma questão cultural, é possível mudar o quadro com ações de incentivo à leitura. Ela acredita que nas últimas décadas houve um incremento grande de programas voltados para o estímulo da leitura, mas as iniciativas ainda não tiveram o efeito esperado. “Há várias iniciativas de vários setores da sociedade – governos municipais, estaduais e federal, ONGs [organizações não governamentais], universidades – mas mesmo assim é pouco. Essas ações precisam ser mais articuladas”.
Para Maria Antonieta Cunha, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretora do programa do Livro Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, o brasileiro associa a leitura à obrigação e não ao prazer. Um trecho do estudo que evidencia essa tese são as respostas dos entrevistados à pergunta “qual é o significado da leitura para você”. Mais de 60%, acham que ler uma “fonte de conhecimento para a vida”, “fonte de conhecimento para atualização profissional” (41%) e “fonte de conhecimento para a escola” (35%). Para a professora, os resultados indicam que a maioria das pessoas não associa diretamente a leitura a uma atividade de lazer.
“A questão é que nós não temos a leitura como um valor social. A pessoa não conseguiu descobrir que a leitura trabalha, mais do que tudo, com a transcendência, que é o grande item do ser humano. É aquilo que diz Fernando Pessoa: a literatura é uma confissão de que a vida não basta”, disse Maria Antonieta durante o lançamento da pesquisa.
O estudo também demonstra que o hábito da leitura está conectado com a frequência à escola. Entre os que estudam estão apenas 16% do total da população de não leitores. Mesmo entre aqueles considerados leitores, a média de obras lidas é 1,4 para quem não está estudando ante 3,4 para quem estuda (considerando os últimos três meses). “Que escola é essa que nós temos que não consegue desenvolver leitores para a vida inteira?”, pergunta Maria Antonieta.
A representante do Ministério da Cultura defende que as escolas e as bibliotecas, apontadas como um local desinteressante pelos entrevistados, precisam ter bons mediadores de leitura. “São professores verdadeiramente capazes de fazer o olhinho do aluno brilhar ao ouvir uma história. Para isso o próprio professor precisa ser um apaixonado pela leitura”.

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Muito se fala sobre a literatura em nosso país e em geral a culpa recai na fadada escola. O que não deixa de ser verdade. Pensando e falando agora como leitora e deixando de lado meu espírito jornalístico, chego a conclusão que não é apenas o professor que deve mudar, todos precisam dentro do ambiente de ensino. Afinal, é destinado ao, como disse, ensino, e concordo que é necessário que se conheça nossos escritores de outrora, mas venhamos e convenhamos, a linguagem é ultrapassada e por mais que possua conhecimentos em suas páginas, não chama a atenção daqueles alunos que não têm uma criação em meio a livros. Desses é necessário atrair, criar o gosto pela leitura, não se interessarão pela rebuscada escrita. 

Colocarei assim, imagine um dos clássicos do cinema nacional Pixote e Tropa de Elite, qual você escolheria?

São épocas e épocas. É essencial que se tenha discernimento e consciência disso. Sim, é importante entender e aprender com os clássicos, mas também, não abandonar ou até, como infelizmente já vi por aí, repudiar os novos, atuais.

Para mim, o ideal seria mesclar as linguagens, estabelecer, por exemplo, um clássico em um bimestre e um atual, que atraia mais a criança ou adolescente, para outro, com o intuito de não apenas ensinar o de praxe, mas a adquirir o hábito pela leitura.

Tenho esperanças quanto ao mercado, aos escritores e leitores, só gostaria de ter igualmente pelo ensino, que ainda, pelo que leio em alguns comentários, permanece rígido e acomodado demais.











Para os interessados pela matéria original do site Uol... Clique aqui



bjs***

-----;)----------- Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.

2 comentários:

Luma Rosa disse...

Gisele, também li sobre essa pesquisa no jornal "O Globo" e é triste constatar que o brasileiro acha a leitura trabalhosa e tediosa - Está certo que somos um povo barulhento e desconcentrado :)

Vim lhe trazer um convite, pois você já participou de edições anteriores do BookCrossing Blogueiro e como simpatizante que é, lhe chamo para mais uma vez participar dessa empreitada!

Vamos libertar os livros da clausura das estantes escuras? :)

Este ano, o prazo de postagem foi aumentado para uma semana para que todos possam participar com calma!

Dá uma olhadinha lá no "Luz" e veja se anima!!

Beijus,

Gisele Galindo ou simplesmente Gi. disse...

Oi, Luma!

Obrigada pelo convite do BC, farei sim ;)

Amo isso e faz um tempo que não libertava ou esquecia um livro, hehe

bjão***