segunda-feira, 21 de junho de 2010

Tua Tristeza Se Foi Deixando As Lágrimas Como Companheiras da Tua Solidão Carente


O barco das frustrações
Está partindo
O ônibus das desilusões
Está levantando âncora

O trem da esperança
Está decolando
O avião das lembranças amargas
Descarrilou no meio do trilho de prata

E você chora
Chora
Chora
Pelo que perdeu no mar, na estrada, nos túneis e no ar

Eu choro
Por te ver a chorar
Na solidão do inverno
Maltrapilho

Só um novo perfume
Pode curar
Esse coração quebrado
Pelos que levaram seu triste amor embora

Eles se foram
Levando-a para longe de ti
Ficou com a infelicidade
Da solidão do cais

Foram as vozes
A falta do nome dela
Que te deixaram louco
Nada restou

Ninguém fez nada para que parassem
Tudo se foi
Todos se foram
Seu sentimento no cais

A tiraram de você
Você está louco
A chorar no cais
No estilo da solidão

Ela também não ficou
Não voltou
A chorar na solidão do cais
Atirada no cais.

*

2 comentários:

Anônimo disse...

"Mundo vasto mundo, se eu me chamasse raimundo..." Saudações fraternas poetisa, bom te reencontrar!

Gisele Galindo ou simplesmente Gi. disse...

Ora, ora... vejam soh... q ilustre visita!!!!
Fico mt feliz em tê-lo por aq tb.
Então encontraste o primeiro lugar em q posto meus delírios... Magnífico!
;) bjs***